quinta-feira, dezembro 01, 2011


Eu devia ter ouvido meu pai...

"Na ultima edição, minha colega Priscila Praxedes falou da pressão sobre as mulheres que chegam aos 30 solteiras e sem filhos. Adoraria me preocupar com isso, mas não é o caso. O que me atormenta mesmo, agora que estou pra passar dos 30, é não ter ouvido dois conselhos do meu pai. Tá bom, quando eu era mais nova e morava com ele não soavam como conselhos. Pra mim, eram como pragas. A primeira: “Você devia fazer exercício físico antes que precise”. A segunda: “Aproveite para poupar seu dinheiro enquanto eu ainda a sustento”.

É claro que ainda continuo sedentária e não estou nem no meio do caminho de ter uma aposentadoria decente. Pois é, esses são meus dramas. Meu pai poderia ter dito: “Você devia fazer exercício físico para não ficar com a bunda mole e caída”. Ou quem sabe: “Sua burra, com 30 anos o depósito mensal terá de ser bem maior para você fazer sua aposentadoria, então comece agora. E, não espertona, com 30 anos você não terá mais dinheiro para depositar, porque está pagando um monte de contas e um aluguel inacreditável para viver em um cubículo no Plano Piloto. Al, claro, gastará muito com as refeições na rua, porque você também não vai me ouvir e vai se recusar a aprender a cozinhar, filhinha”. Ah, disso eu nem me arrependo. É, pai, agora ficou mesmo bem mais difícil tomar coragem parar acordar cedo e fazer exercício. E já entendi que não é por causa da minha bunda, é porque chegou a hora de cuidar das artérias e tal. Cruzes! Eu papo é esse? Mais um motivo para eu correr com esse plano de previdência. Dizem que quando chegamos ao ponto de dar razão aos nossos pais, é porque estamos mesmo ficando velhos." (Texto de Anna Halley, extraído da revista MEIA UM, novembro 2011, 8ºedição)
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